Sou feita da arte dos que me antecederam.
Sou feita de raízes, de ofícios silenciosos, de mãos que vestiam, restauravam,
limpavam, fiavam e forjavam.
Hoje, dou continuidade a esse legado através do meu trabalho com talento humano, cura e missão de vida.
Aqui, partilho a origem profunda de cada serviço que ofereço.
António, meu avô materno era alfaiate. Com mãos pacientes e olhos treinados, cortava o tecido, alinhava a medida, moldava a forma do corpo de cada homem que procurava não apenas um fato, mas uma presença. Ele vestia corpos com respeito, com elegância, com propósito.
Hoje sigo esse fio invísivel: também me tornei alfaiate, mas da alma. Ajudo a costurar identidades internas, a escolher tecidos que se alinham com o verdadeiro Eu, a vestir intenções e dons com autenticidade. O que o meu avô fazia com linha e tesoura, eu faço com palavras, escuta e visão interior.
Vestir a alma é um acto de amor e coragem, e o meu avô ensinou-me isso, mesmo sem palavras.
Evaristo, meu avô paterno era sapateiro. Recebia sapatos gastos, rasgados, maltratdos pelos caminhos da vida. Com ferramentas simples e sabedoria silenciosa, devolvia-lhes forma, estrutura e dignidade. Restaurava a base de quem precisava continuar.
Hoje, eu também restauro caminhos, não os de couro, mas os da alma. Ajudo pessoas a reencontrarem passo firme, a reerguerem a confiança no seu talento, a caminharem com leveza na direcção do seu propósito. Sou uma espécie de sapateira de vocações, devolvendo a leveza a quem continuar, mas sente que já não sabe por onde.
Porque talento merece chão para se expressar.
As minhas avós, tanto do lado materno como paterno, Maria e Mariana. trabalhavam numa fábrica de fiação. Todos os dias, entregavam o seu tempo, a sua forma e a sua destreza ao colectivo: fiando, alinhando, alimentando o grande tear da produção. Elas faziam parte de algo maior, onde o fio de cada uma se somava ao fio de outras tantas mulheres, numa dança de repetição, esforço e sustento.
Hoje, percebo a beleza disso: enquanto os meus avôs trabalhavam por conta própria, as minhas avós teciam na humildade do ofício colectivo. Delas herdei o dom de entrelaçar fios: pessoas, histórias, dores e esperanças. Sou fiadeira de almas, uno partes soltas, cruzo linhas invisíveis, e ajudo cada pessoa a ver-se como parte de um todo com sentido.
É através delas que arendi o valor da entrega silenciosa e da paciência no processo de tecer o que somos.
Maria, minha mãe era cantoneira. De vassoura na mão e gesto firme, limpava as ruas de sujidades visíveis, abrindo caminho para novas passagens. Ela varria o que caía ao chão, folhas da natureza ou descuidos humanos, e, com isso, tornava o mundo mais leve.
Hoje, também eu limpo. Mas não lixo. Limpo culpas antigas, padrões emocionais, dores esquecidas. Coloco-me como Canal de Cura, e a minha voz, os meus instrumentos, as minhas técnicas são como vassouras que ela usava. Através da escuta, do som, da presença, ajudo a libertar o que pesa e a purificar o espaço interior.
Como a minha mãe, também eu limpo para que o amor volte a circular.
Domingos, meu pai era metalúrgico. Trabalhava com o fogo, força e precisão, moldando peças de metal que depois fariam parte de algo maior: carros, motores em movimento. Ele dava forma ao que era bruto, e fazia com que tudo se encaixasse para que o mundo pudesse continuar a andar.
Hoje, trago esse mesmo fogo criador para a alma humana. Acompanho pessoas a moldarem o seu caminho com sentido, a forjarem a própria transformação com coragem. Como ele, também trabalho com matéria-prima intensa: emoções, crenças, sonhos. Ajudo a encaixar as peças da vida interior até que façam sentido e sustentem uma nova marcha, mais alinhada com a essência.
A herança do meu pai vive na minha força para transformar com presença, com propósito e com alma.
Sou tecida pela força dos meus: o alfaiate que vestia, o sapateiro que restaurava, as fiadeiras que se entregavam ao colectivo, a cantoneira que limpava caminhos, e o metalúrgico que forjava movimento. Em mim, essas mãos vivem, criando um ofício de alma: vestir verdades, restaurar talentos, limpar feridas e forjar novos começos.
A
TRANSFORMAÇÃO
que quero provocar ao combinar
Estilo como Expressão da Alma + Gestão do Talento + Cura Espiritual + Liderança
na vida pessoal e profissional:
A reconexão com a autenticidade vibracional para que cada Alma criadora sinta-se inteira, segura e magnética ao expressar quem verdadeiramente é, sem separar o que veste, o que cria e o que oferece ao mundo.